Cosmopolíticas de enfrentamento ao racismo ambiental

O ateliê propõe reunir pesquisas concluídas ou em andamento que abordem racismo ambiental, ecologias decoloniais, ontologias, contracolonialidade e cosmopolíticas. Nosso objetivo é refletir sobre como diferentes comunidades – quilombolas, indígenas, terreiros, periféricas e outras – elaboram práticas de enfrentamento ao racismo ambiental e produzem alternativas à colonialidade da destruição. Pretendemos construir um espaço de troca horizontal, em que textos circulem previamente e sejam comentados coletivamente, de modo a privilegiar leituras críticas e colaborativas. O ateliê estará organizado em torno de quatro eixos: (1) racismo ambiental e colonialidade; (2) ecologias decoloniais e saberes insurgentes; (3) ontologias e cosmopolíticas; (4) práticas comunitárias e jurídicas de resistência. Acreditamos que este espaço possibilitará a criação de redes de pesquisadorxs comprometidxs com ecologias insurgentes e abrirá caminhos para futuras publicações coletivas, contribuindo para o fortalecimento das lutas antirracistas e socioambientais.

A concepção desta proposta é articular as reflexões buscando suturar a “dupla fratura” apontada por Malcon Ferdinand, em que há uma distensão que dificulta pensar as relações coloniais e ambientais em conjunto, apontando a responsabilidade do pensamento ambiental em relação à racialidade. Os  trabalhos podem ser em base etnográfica ou contribuições teóricas que busquem discutir as possibilidades de utilização de diversas autorias ao campo de pesquisa.

Coordenação:

Thiago da Silva Santana (DO-PPGAS/UFSC);

Fábio Alex Ferreira da Silva (DO-PPGAS/UFSC).