Ampliando narrativas trans: a transmasculinidade em perspectivas migrantes, sapatão e não-bináries
No ano de 2025 se completa uma década do 1o Encontro Nacional de Homens Trans (ENAHT), um dos eventos que marcam a popularização do debate acerca de experiências e narrativas trans para além das travestilidades. Nesses dez anos, muito do debate interno à comunidade se volta para a própria definição da categoria trans, delimitando a possibilidade de inclusão de outras categorias na transgeneridade, tais como: transmasculines, boycetas, sapatrans e não-bináries. Tal debate se refere à busca por exprimir sentidos de diferentes experiências corporificadas, inscritas sob o mesmo termo. Passada essa década, as disputas pelo significado de trans se intensificam com os debates sobre políticas públicas voltadas para essa população, seja em cenários nacionais ou no trânsito entre fronteiras estatais. Assim, ao pensar na ampliação de narrativas trans, propomos um debate sobre o borramento de fronteiras que a transgeneridade como conceito em aberto pode nos proporcionar. Nesta mesa, pretendemos apresentar narrativas trans que extrapolem sentidos fixos. A partir da especificidade de experiências trans migrantes, sapatonas e não-bináries, buscamos por perspectivas da travessia que transformem fronteiras rígidas em limites porosos: questionando tanto separações ontológicas entre gênero e sexualidade, como políticas de reconhecimento transnacionais.
Coordenação:
Aleixo Fonseca Bueno dos Santos (ME-PPGAS/UFSC);
Morgan Franzoni Caetano (DO-PPGAS/USP).