Antropologia para além da Academia: mercado de trabalho, pesquisa e além

A proposta desta mesa redonda é discutir os múltiplos caminhos que a Antropologia pode (e precisa) ocupar para além dos muros acadêmicos. Em um cenário marcado pela crescente complexidade dos mundos digitais, das disputas por narrativas, da transformação dos modos de consumo e das crises socioambientais, torna-se urgente refletir sobre o papel da formação antropológica em campos não tradicionais de atuação. A mesa pretende reunir profissionais que, munidos da escuta etnográfica, da análise cultural e da sensibilidade crítica, têm atuado em áreas como o mercado de trabalho, os setores criativos, o design de experiência, a tecnologia, a comunicação, as políticas públicas, o terceiro setor, entre outros. A ideia é compartilhar experiências concretas, caminhos trilhados e desafios enfrentados na aplicação da antropologia em contextos diversos, onde a produção de conhecimento e a intervenção social ganham novas formas e sentidos. Ao problematizar os limites institucionais da prática antropológica, a mesa propõe abrir espaço para repensar a noção de “pesquisa” fora dos formatos acadêmicos clássicos, considerando a potência da escuta, da observação e da análise antropológica em ecossistemas digitais, corporações, territórios urbanos, estratégias de marca, curadorias sensoriais, entre outros campos emergentes. Mais do que apenas uma abertura ao mercado, a proposta é discutir uma Antropologia expandida, situada, crítica e ética que reconhece sua vocação pública e sua capacidade de contribuir com transformações sociais, culturais e afetivas nos mais diversos espaços.

 

Coordenação:

Ollivia Maria Gonçalves (PPGAS/UFSC)