Direito à cidade: questões de antropologia urbana

Com o objetivo de discutir as múltiplas dimensões do urbano e as maneiras de fazer cidades em distintos contextos, este ateliê de pesquisa busca trabalhos que explorem as coexistências no urbano, entre vazios e espaços construídos, públicos e privados e suas relações com humanos, não humanos e mais que humanos.

A Paisagem Urbana é pensada a partir de questionamentos das fronteiras entre natureza e cultura, com abordagens estéticas e processuais que incluem dimensões visuais, sonoras e táteis, das ‘poluições’ simbólicas às ecologias cotidianas. Na Cartografia e Etnografia urbana, privilegiamos relações ancoradas no corpo e nos afetos, mapeando gestos, performances e narrativas que revelam topografias do medo, do afeto e da luta. Já as Memórias sensíveis e contramemórias interrogam o que é digno de preservação ou esquecimento, tensionando o silêncio colonial na Améfrica Ladina e as insurgências que o atravessam. No que tange o direito à cidade partimos das contradições da citadinidade em suas variadas escalas, abarcando (i)legalidades, (in)acessibilidades, desigualdades e as tensões das (i)mobilidades urbanas desde conjuntos habitacionais à ativismos insurgentes a partir de marcadores como gênero, raça e sexualidade, com atenção às táticas de vida que reinventam o urbano em contextos de segregação, migrações forçadas e violações estruturais. Interessa-nos o que pulsa nas fraturas: as ressignificações que desafiam centros, periferias e as próprias categorias que as definem.

Coordenação:

Maria Fernanda Alamini (ME-PPGAS/UFSC);

Bruna Soares Overbeck (ME/PPGAS-UFSC).